Muitos brasileiros
foram atingidos pelas consequências diretas da crise do ano passado e que
persiste este ano, que foi refletida nas empresas e instituições, seja nas
áreas de produção, de desenvolvimento, na educação etc. O mercado de trabalho
vem passando por cortes de gastos, as empresas acabam optando por fazer ajustes
para que não tenham um prejuízo maior do que já estão tendo, ou mesmo para não
acabarem falindo, fechando, como sabemos que bem acontecido em alguns casos.
Quando lemos o jornal, vemos as noticias na televisão ou buscamos alguma fonte
de informações, percebemos que o ritmo continua e que o governo faz contes. Tem
sido uma verdadeira batalha para pagar as contas que subiram muito e que tem
afetado muitos produtos e serviços. E o que deixa ainda pior a situação é a
falta de oportunidades de emprego. Então, torna-se necessário manter-se num
emprego ou sair deste apenas com um plano de ação em mente, pois arriscar neste
momento é perigoso em longo prazo.
Sendo
assim, como podemos garantir uma nova oportunidade quando somos chamados para
um processo seletivo? Apresentarei alguns pontos importantes para que os
candidatos possam focar nessa busca.
COMO
PROCURAR UMA VAGA DE EMPREGO?
Esta
pergunta pode parecer meio óbvia e a resposta talvez fosse: “Ué! Procurando!”.
Mas existem muitas pessoas que não sabem como devem começar a procurar, muitas
vezes por ser a primeira vez que buscam um emprego. Podemos dizer que a maior
parte são de jovens, mas nem sempre isso é verdade. Seja por qual motivo fez a
pessoa procurar uma oportunidade, é importante avaliar que estamos em uma época
que a informação vem de várias fontes, e às empresas se utilizam disso para
poderem procurar candidatos e realizar um processo se seleção. A mídia pode
divulgar vagas, colam-se muitos cartazes pelas cidades, nas janelas de vitrines
vemos “Contrata-se”, mas hoje em dia quem tem o comando das divulgações é sem
dúvida a internet. Ela se tornou a ferramenta mais forte na concentração de
divulgações, e devemos aproveitar isso. Existem muitos sites que
gerenciam as vagas das empresas. Neles podemos localizar as mais diversas
ofertas. Alguns sites concentram currículos para que empresas possam
fazer uma procura específica. Saber usar esses sites pode ser uma grande
vantagem sobre outros candidatos. Nesse sentido, o currículo em papel tem sido
substituído pelo currículo online. Muitas empresas preferem que os candidatos
realizem um cadastro no site da própria empresa ou em algum desses sites de
gerenciamento. Um dos motivos é impor ao candidato informar pontualmente o
necessário para quem faz o processo de avaliação, o que já ajuda muito quem não
sabe por onde começar.
O
currículo em papel ainda é uma forma de apresentar sua experiência e seu
interesse por uma oportunidade, mas ele hoje em dia tem-se mostrado uma forma
tímida de garantir participação de um processo. Geralmente possuem um maior
peso quando entregues por indicação, o que no Brasil tem uma força muito grande
como seletor de novos funcionários. Maior até que os próprios processos
seletivos.
Hoje
em dia até mesmo no Facebook e no linkedin podemos saber sobre boas
oportunidades de emprego, mas é preciso saber o que procurar. Geralmente o foco
é buscar grandes empresas que fazem o gerenciamento de vagas.
COMO PRODUZIR O SEU CURRÍCULO?
Um currículo é uma
carta formal que representa seu perfil profissional. Sendo assim, isso quer
dizer que ele irá apresentar algumas informações pessoais como: nome completo
do candidato, números para contato, endereço, idade, e-mail; sobre formação
acadêmica, qual o grau de estudo atual, em qual lugar estudou ou estuda;
informações sobre carreira profissional, empresas trabalhadas, cargos assumidos,
atividades exercidas, tempo de vinculo empregatício; informações de
aperfeiçoamento, como cursos de línguas estrangeiras, cursos de informática, de
teatro, de culinária etc; Oficinas, palestras, seminários ou outras atividades
que foi ou está em conclusão. Com essas informações já é suficiente
para a empresa saber um pouco de você até o momento de uma entrevista.
Mas é importante
avaliar que nem toda informação prestada num currículo é interessante constar –
o que pode até mesmo ser uma sentença de exclusão de um processo seletivo.
Muitos currículos possuem uma carta de apresentação (um trecho, geralmente um
parágrafo, resumindo quem é o candidato), e nesta carta o candidato precisa
manter uma certa formalidade ao se apresentar. Não deve fazer exigências e nem
pedidos calorosos de que precisa muito daquela vaga. É preciso evitar utilizar
gíria ao escrever. Também devesse tomar cuidado ao realizar uma revisão
gramatical para que o texto não fique sem sentido, devendo ainda o candidato
ser simples e formal.
É necessário tomar
cuidado ao apresentar determinadas características (como você é no ambiente de
trabalho) e gostos pessoais (o que gosta de fazer com o seu tempo longe do
trabalho). Por exemplo, não seria interessante dizer coisas que contradigam o
que se espera de um bom funcionário (ex: não gosto de
trabalhar). É importante evitar e-mails para contato que
sejam muito informais, irônicos, sentimentais, sensuais, etc ( ex:
gatinha2007@.....; desempregado@....). Afinal, o que seu chefe vai
pensar se precisar enviar um e-mail para você e seu e-mail for algo muito
irônico? Por isso é importante manter um e-mail de contato formal
para negócios, com seu nome nele de preferência.
Vale lembrar, também,
que não é necessário colocar CPF, RG, número da CNH ou outros dados pessoais no
currículo, a não ser que o candidato tenha formação superior ou
profissionalizante onde conste o número que o qualifique como profissional
daquele ramo, como o número da OAB, CRM, CRP ect
COMO SE COMPORTAR NUMA ENTREVISTA?
É importante manter
certa formalidade durante um processo seletivo. Ser cordial com os envolvidos,
seja com os candidatos ou quem está responsável pelas etapas de avaliação. Você
não está num processo de vida ou morte, onde precisa passar por cima dos outros
para continuar vivo. Ainda que seja fundamental conseguir uma vaga por questões
financeiras, fazer pouco dos outros concorrentes não fará de você o qualificado
para vaga: pelo contrário, mostrará imaturidade e poderá lhe custar ela.
Uma boa
impressão faz muita diferença. Esse “certa formalidade” quer dizer para não ser
inteiramente informal nem inteiramente formal – o meio termo. Se o
candidato é informal demais, pode dar a entender que não respeita hierarquias,
que pode apresentar problemas por ser subordinado a alguém, se for formal
demais pode parecer que tem dificuldades em ser flexível, que é rígido no
serviço. O melhor é avaliar o que está acontecendo durante o processo. Se
existem uma descontração e abertura para se soltar mais. Lembrando
que são dicas e não regras.
Avalie seu próprio
jeito. Evite ficar balançando o corpo enquanto está conversando, perceba se é
ansioso, pois quando estamos muito ansiosos, acabamos demonstrando no nosso
corpo: balançamos as pernas, roemos as unhas, batemos os dedos na mesa, temos
pressa ao falar. É interessante colocar que, estando uma pessoa nos avaliando,
é normal gerar uma ansiedade e nervosismo em nós. Se isso
acontecesse com você, é importante trabalhar esse seu lado. Por exemplo,
realizando uma auto avaliação, percebendo quais suas dificuldades, se fala
usando muitas gírias, maneirismos ou uma forma incorreta da língua portuguesa;
se gesticula demais, se é impaciente etc. E a partir disso,
trabalhar sobre essas dificuldades.
O QUE DEVO VESTIR?
Uma roupa diz muito
do seu gosto pessoal. Todos têm gostos particulares de estilos e é normal que
cada um se identifique com o que mais lhe chama a atenção. Mas, quando estamos
participando de uma entrevista, é importante saber que naquele momento alguns cuidados
devem ser tomados para que não aparente que você seja alguém relaxado ou
desinteressado pela vaga.
Por exemplo, se um
rapaz vai para uma entrevista e veste a camiseta de seu time preferido, pois
acabou de sair de uma partida (seja de futebol, basquete, vôlei ou qualquer
outro esporte) muito disputada, estando sujo e suado, é claro que ele está
completamente inadequado. E pode parecer exagero esse exemplo, mas não é
impossível de acontecer, pois existem muitos relatos entre profissionais da
área de seleção, onde candidatos não estavam adequados para uma entrevista e
não pareciam incomodados com isso. Isto mostra uma grande irresponsabilidade e
falta de maturidade em um momento como esses. Por isso é importante
saber o que vestir.
Por exemplo, é
interessante que mulheres evitem roupas muito decotadas, saias curtas,
maquiagem pesada, unhas extravagantes nessas horas. O estilo de vestimenta deve
ser pensado conforme a oportunidade que está concorrendo – apenas como uma
direção, e não uma regra. Se for uma vaga mais formal, num escritório, seriam
interessantes roupas mais sociais. Se for uma vaga mais operacional, utilizar
roupas mais casuais.
No caso dos homens,
eles devem evitar usar bonés, correntes grandes, shorts, regatas, roupas de
times esportivos; Também não é interessante levar skates ou outros objetos
esportivos. A roupa utilizada em cada situação deve seguir uma
lógica do tipo da vaga oferecido, mas, novamente, não é uma regra absoluta.
Pois não será a roupa que irá te aprovar, mas sim como você se apresenta, sua
qualidade profissional e o seu perfil pessoal.
O QUE A EMPRESA QUER DE MIM?
Que
tenha o perfil para a vaga! É isto que a empresa espera de você!
Muitas
vezes o candidato acaba não sendo aprovado. Ele tem experiência, tem cursos,
tem atitude e postura, mas ainda sim não foi aprovado. E neste momento ele
comete a injuria consigo mesmo de dizer que “foi culpa minha.”. É
preciso saber avaliar as negativas das entrevistas também. Muitas vezes os
candidatos possuem várias qualidades boas para a empresa, mas existem alguns
que possuem um perfil específico que era o que a empresa estava esperando. Por
exemplo, se um médico fosse participar de um processo seletivo para uma vaga de
assistente de administração, e em seu currículo constam-se vários cursos,
muitos anos de prática na área de atendimento hospitalar, pós-graduado, com
mestrado e doutorado em processo de conclusão e com pretensão salarial de
10.000,00, este médico não seria um bom candidato para uma vaga que exige muito
menos conhecimento e paga bem menos ao funcionário. Esse médico não tem perfil
para a vaga. Mas não quer dizer que não seja um bom profissional.
Da
mesma forma, se um candidato com muita experiência na área administrativa, com
formação em recursos humanos, com muitos cursos e várias anos de experiência em
uma grande empresa, no cargo de supervisor administrativo, se candidata-se a
uma vaga de médico, ele não seria aprovado pois a vaga exige muito mais conhecimento
e formação direcionados a saúde. Essa pessoa pode ser muito boa no que faz, mas
não tem o ”perfil específico” que a empresa espera dele.
Esse
exemplo foi bem acentuado para dizer uma coisa: muitos candidatos são
reprovados porque a empresa espera que ele ou ela tenha a “cara da empresa”,
independente do que o candidato tem a oferecer. Então, é importante avaliar
porque reprovou e que a reprovação não desmerece como profissional.
Por Leandro Winter
Comentários
Postar um comentário